NAVEGAR
Fácil era para os navegantes
que se lançavam aos mares
nunca d'antes navegados.
Vestiam suas utopias
de naus e mastros
aguardando os abraços da terra
que por eles aguardava.
Eu, que lanço meus sonhos
no mar destes olhos,
no abismo deste sorriso,
sou engolido pelo nada.
Meus beijos náufragos,
que tentam em vão romper
as ondas e os sargaços
se afogam na ausência
dos teus braços.
o nada
o nada
o nada
além do mundo
além do mar
o amor que de mim partiu
não encontra onde aportar.
(mauro iasi)
(mauro iasi)
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