P A T R I C K S U S K I N D
"A P o m b a "
"Se a gente ficasse a observar DE FORA os atos de Jonathan Noel durante o dia em que ele é acompanhado pelo narrador de "A Pomba", veríamos um homem a cometer uma série de banalidades e esquisitices aparentemente insignificantes (...). Após tudo isso, diz para si mesmo (e não tá de brincadeira!): "Amanhã eu me mato!".
Nenhuma verdadeira tragédia aconteceu nesse dia; nada de visível o atormentou, pessoa alguma o ofendeu ou atacou, nenhuma notícia inesperada recebeu, nenhuma doença descobriu... E ainda assim, algo de trágico está a se desenrolar nas entranhas de Jonathan Noel e ninguém está notando. Seria preciso adentrar na arca fechada de sua mente para descobrir como é que pode alguém decidir-se ao suicídio após um dia tão banal e tão pouco dramático. Patrick Suskind fará então uma magistral viagem pela subjetividade desse personagem em busca das confusões interiores que poderiam explicar o que as circunstâncias exteriores não são capazes de elucidar.
"Se a gente ficasse a observar DE FORA os atos de Jonathan Noel durante o dia em que ele é acompanhado pelo narrador de "A Pomba", veríamos um homem a cometer uma série de banalidades e esquisitices aparentemente insignificantes (...). Após tudo isso, diz para si mesmo (e não tá de brincadeira!): "Amanhã eu me mato!".
Nenhuma verdadeira tragédia aconteceu nesse dia; nada de visível o atormentou, pessoa alguma o ofendeu ou atacou, nenhuma notícia inesperada recebeu, nenhuma doença descobriu... E ainda assim, algo de trágico está a se desenrolar nas entranhas de Jonathan Noel e ninguém está notando. Seria preciso adentrar na arca fechada de sua mente para descobrir como é que pode alguém decidir-se ao suicídio após um dia tão banal e tão pouco dramático. Patrick Suskind fará então uma magistral viagem pela subjetividade desse personagem em busca das confusões interiores que poderiam explicar o que as circunstâncias exteriores não são capazes de elucidar.
O mais óbvio a se dizer sobre Jonathan Noel é que ele é um sujeito que adora "fazer tempestade em copo d'água". Vê problemas insoluvelmente aporrinhantes onde há só um pequeno empecilho, vê barreiras intransponíveis onde só há uma pedrinha miserável que pode-se muito bem chutar do caminho, vê perigos demoníacos onde tudo está seguro... É um pessimista patológico. Paranóico até a doença, exagera enormemente a importância dos acontecimentos que lhe ocorrem e sempre espera pelo pior. . . QUERO LER O TEXTO TODO!
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