sexta-feira, 17 de novembro de 2006

O QUE A PORRA DA VIDA ME ENSINOU SOBRE O AMOR.


Me sinto um pouquinho ridículo nessa minha pretensão de escrever um texto sobre o amor, cheio de filosofagens pretensiosas, eu que, confesso, tô muuuuito longe de ser um “sucesso” em matérias de conquistas sentimentais, relacionamentos duradouros e harmonias divinas com as outras pessoas. Tenho algum “direito” de falar algo sobre esse assunto com a minha experiência de vida tão rasa, tão limitada? Não é muita ambição não? Porque, tenho que confessar, meus únicos amores perfeitos foram com namoradas imaginárias, minhas declarações de amor normalmente são inúteis e sou um baita mestre na arte de amar em vão... Um loser pra ninguém botar defeito. Quase um Simpson. Então por que vou me meter a escrever um texto enorme sobre o Amor?

É que nossos erros, nossas lutas e nossos esforços talvez nos ensinem mais do que nossas vitórias; e pegar estradas erradas, de algum jeito, acaba nos dando uma dica sobre qual é a estrada certa. E eu, que tenho poucas certezas na vida e nem sei direito quem é que eu sou, quis me sentar pra colocar no papel isso que o título aí em cima já diz: “as lições que a porra dessa vida me ensinou sobre o amor”. Pelo menos pra compartilhar um pouco das “coisas mais importantes” que eu já aprendi – e por que diabos as pessoas em geral não escrevem sobre isso, e isso principalmente? Queria muito ler mais textos que contivessem uma espécie de “síntese” da experiência de vida de uma pessoa, mas sem que a coisa virasse aquela porcariada de livro de auto-ajuda, nem algo moralista/prescritivo onde a pessoa fica dando conselhos e dizendo: “faça como eu!”.

Esse texto aqui é um monte de “generalizações” que eu fiz com as minhas experiências pessoais, o que quer dizer que, muito possivelmente, essas coisas não vão valer pra todo mundo e que muita gente nem vai reconhecer muito dos sentimentos que eu exponho aqui. Não vou ficar contando detalhes biográficos da minha vidinha, então o texto pode acabar soando um tanto “abstrato” e “impessoal” - mas tudo vem do coração e da minha experiência vivida; não foi nada que li num livro ou que aprendi de alguém - foi a professora Vida que me fez pensar e sentir desse jeito... Espero que alguém tenha a paciência pra ler issaê e depois, quem sabe, possamos ir pro bar pra trocar umas confidências e umas gargalhadas em meio das cervejas e das bitucas.

* * * * * *

Todo mundo já deve ter vivido, mesmo seja na infância ou pré-adolescência, aquela doença alucinatória que é uma paixão. Eu, pelo menos, tinha o mau hábito de cair apaixonado à primeira vista por meninas adoráveis, e depois ficava meses só sonhando com alguém com quem eu nunca tinha falado uma palavra sequer. Depois, claro, o amor morria sem nunca ter "acontecido": eu não só não existia pra ela, como o choque seria terrivelmente brutal se eu fosse lá conhecer a pessoa real que serviu de molde pro meu sonho... Que decepção que ia ser!

Essas paixonites juvenis nos ensinam bem o quanto o "amor-paixão" pode conduzir à cegueira, o quanto ele pode fazer a gente se afundar inteiro na ilusão, o quanto pode nos fazer perder completamente a noção da realidade... E, claro, como pode doer - e doer terrivelmente. Pelo menos no começo da vida, quando as ingenuidades ainda existem em estado puro e as paixões são mais fortes, não conseguimos ver a outra pessoa como ela é: vemos só o que queremos que ela seja.

E lá se vai nossa imaginação, voando... E usamos a fantasia pra “preencher” nossa amada com todas as características que desejamos que ela tenha – embelezamos, distorcemos, retocamos... É como fabricar mentalmente uma pessoa perfeitamente adequada aos nossos maiores desejos e necessidades. E o desejo é tão grande de que essa pessoa que imaginamos exista de verdade que somos levados a acreditar na nossa própria criação. A pessoa real, muitas vezes, fica escondida atrás da nossa idealização – nem conseguimos enxergá-la. Tanto que, às vezes, quando volta um pouco do senso de realismo, a gente para e se pergunta: “mas o que é que eu amo, é ela? Ela mesmo, exatamente como é, sem tirar nem pôr? Ou é o sonho que tenho dela? A imagem dela que eu tenho no altar do meu coração enlouquecido? O sonho de tudo que ela poderia ser pra mim? O sonho da felicidade que ela me traria?"

Mas aos poucos a realidade vai se impondo. Muitos amores, claro, que nascem envoltos na ilusão, sem que as pessoas se conheçam de verdade, vão acabar morrendo. Porque o contraste entre a pessoa real e a pessoa idealizada, quando é muito brutal, mata na hora um amor. E muita gente nunca vai conseguir perdoar a pessoa amada por não ser tudo aquilo que sonhou, e logo o que era amor vai se transformar em ódio e mágoa. Deve ser por isso que existe aquela thin line between love and hate...

Mas alguns amores vão conseguir sobreviver às desilusões – e ilusões e desilusões existem em todos eles. E talvez se tornarão amores muito melhores sem essas ilusões todas. E eu acredito que o único amor verdadeiro seja o amor surgido após o extermínio completo das ilusões que você tem sobre o outro, quando você consegue conhecer a pessoa de verdade, cruamente, sem idealizações, sem embelezamentos - e ainda assim continuar amando. Esse me parece o aprendizado mais importante: aprender a amar as pessoas como são e não como gostaríamos que fossem. E pela primeira vez na vida tô meio que me sentindo capaz disso.

O amor, pelo menos na minha experiência, também tem muita relação com a esperança, com um futuro todo doce que sonhamos pra nós mesmos... E isso é um perigo - pelas decepções imensas que isso pode nos causar. Porque não é só a pessoa presente que amamos, mas as possibilidades que essa pessoa “contêm”. Que amor nasceria sem essa esperança de que a vida iria melhorar se estivéssemos junto com a pessoa amada? Que amor consegue nascer sem o combustível que é dado pela imaginação de futuros melhores e mais felizes?

Claro que a gente ama a presença da pessoa, a companhia da pessoa, mas também ama o futuro que imaginamos com ela. Isso ficou muito claro pra mim no último dos meus amores: amei a idéia do que a gente poderia viver juntos, amei o sonho de todas as risadas que riríamos até arrebentar, todos os choros que choraríamos um no ombro do outro, de todas as memórias que iríamos compartilhar, de todas as alegrias que iríamos experimentar, todas as tristezas que iríamos nos consolar, de todos os problemas que juntos iríamos enfrentar, de todos os shows que juntos iríamos pular, de toda essa vida que iríamos juntos viver... Foi tudo um sonho, um imenso sonho, um amontoado de sonhos se sucedendo e empilhando... Sim! Mas esses sonhos foram combustível para um amor que eu não posso chamar de sonhado – foi amor real...

* * * * *

Eu sei: o medo de amar é muitas vezes muito maior do que a vontade de se entregar. É preciso uma enorme coragem pra se arriscar a algo que não tem garantias de que dará certo. Por isso muita gente vai preferir a prudência de nada ousar, e vai preferir a “segurança” e o “conforto” ao invés da aventura e do perigo. Porque o amor é uma aposta e um perigo, é claro: nunca há a certeza de que vamos ganhar.

Mas, nesse caso, acho que ficar prevendo catástrofes e imaginando todas as possibilidades de desastre não serve para nada – só pra nos paralisar, nos engessar e nos fazer perder uma chance maravilhosa de renovar e melhorar a vida. O pessimismo, nesse caso, me parece um crime que uma pessoa comete contra si mesma – e um crime que eu cometi contra mim mesmo por muitos anos. Por imaginar que um relacionamento não dará certo, ou por medo de que talvez viria a se machucar, a pessoa desiste de início de se entregar a um amor, sem nem antes ter sequer tentado fazer ele acontecer e funcionar. Pelo medo de que “não vai dar certo”, a pessoa fica de braços cruzados, derrotada de antemão, sem fazer o mínimo esforço para que dê certo. Todo pessimista tem um pouco de preguiçoso e de medroso – fica profetizando desgraças só pra se dispensar de agir e de se esforçar.

E assim muitos de nós nunca teremos a ousadia de apostar num amor - e ele vai ficar pra sempre preso naquele triste espaço do universo que é a Galáxia das Possibilidades Não Concretizadas... E aquele amor vai ficar lá e apodrecer, à espera do salto que não demos, ao alcance da mão que não estendemos, aguardando inutilmente pela coragem que não tivemos e pela sábia loucura que não ousamos...

É sempre o maldito do medo de nos machucarmos que nos faz ser esses covardezinhos patéticos que perdem muito de bom na vida porque não agüentam a idéia de sofrer um pouquinho - ou um monte, não importa. Temos medo de nos conectar muito fortemente a alguém e depois ter que passar pelo sofrimento indescritivelmente doloroso de perder esse alguém - pela morte, pelo murchamento do sentimento, pela distância, pelo tempo, não importa. E é sempre assim: quem já se machucou demais com uma perda desse tipo fica com um “trauma”, cria um “mecanismo de defesa”, acaba por erguer uma parede contra novos amores... Meio que pensa: “pra que vou me ligar a alguém, se essa conexão está condenada a ser destruída, cedo ou tarde? Pra que me ligar, se isso, no futuro, vai me fazer sofrer?”

Mas quer dizer então que a possibilidade remota de um sofrimento futuro deve nos fazer desistir de algo que pode nos fazer a vida - a vida presente! - maravilhosa? Sou mais o estilo de vida “deixa o amanhã pra amanhã, viva o que é bom hoje!” Sou mais a coragem de quem aceita encarar o sofrimento, se entrega à aventura, ao invés de ficar sempre com o pézinho atrás, protegido atrás da fortaleza... “Life is pain! Get used to it!”

* * * * *

Tem também outra coisa. Me parece cada vez mais claro que uma pessoa com uma auto-estima baixa demais, que está sempre se auto-recriminando e se achando um lixo, nunca vai conseguir concretizar um amor de verdade. E olha que eu sei do que eu tô falando... O que, pensando bem, me parece uma das coisas mais tristes da vida: justamente as pessoas que mais necessitam de amor são as que tem mais dificuldade em consegui-lo. Precisam ser amadas para conseguirem se amar; mas para serem amadas, precisariam já se amar, pelo menos um pouco. Como escapar desse círculo?

Não sei se você, caro leitor, é aquilo tipo de pessoa narcisinha o bastante pra sempre olhar no espelho e se cumprimentar com um “e aí, bonitão?!” Mas a minha experiência de vida é bem diferente, e acho que eu não estou assim tão sozinho... Porque tem dias que a gente acorda, se olha no espelho e simplesmente não gosta nem um pouco do que vê. Tem vezes que a gente se contorce de nojo frente ao nosso próprio rosto e nosso próprio corpo, como se tivéssemos frente a um rato ou uma barata, e se sente feio. Tão feio, tão sem graça, tão sem sal, que saímos pelo mundo sem ter a mínima confiança de que alguém conseguiria nos amar. Quem amaria algo assim tão insosso, tão horrível, tão sem charme?

E, claro, acontece também de nos sentirmos feios por dentro – quantas vezes não nos achamos uma pessoa assim tão boa, assim tão nobre, assim tão simpática, assim tão inteligente, quanto um monte de “gente melhor” que vemos ao nosso redor? E que direito temos, então, de pedir por um amor que sentimos não merecer?

Mas esse sentimento tem algo de muito positivo. É um sofrimento terrível, claro, um dos mais desesperadores que eu já conheci: achar-se tão feio, por dentro e por fora, a ponto de achar que o amor dos outros nunca poderia nascer... E acho que isso não tem nada a ver com ser “feio de verdade” ou realmente não ter “virtudes”, porque muita gente que é considerada “bonita” e “boa” sente-se, por dentro, como se fosse feia e má.

Mas esse sofrimento, como todo sofrimento, pode servir como uma excelente mola propulsora que nos empurra para uma transformação, uma evolução, um progresso pessoal. E cada vez me parece mais certo que uma pessoa só cresce sob a pressão do sofrimento e que ninguém aprende a viver direito sem antes ter sofrido, e sofrido pra caralho. Pelo menos no meu caso, esses sentimentos horríveis de falta de confiança e de auto-estima me empurraram no caminho da auto-superação. Meio que passei pela fase chorona do “eu-não-mereço-o-amor-dela” (buááá), do “ela-nunca-vai-ser-feliz-comigo” (buááá), do “nunca-vou-satisfazer-todas-as-expectativas-e-desejos-dela” (buááá), e passei pra outra coisa. Surgiu um desejo, muito mais positivo, de me melhorar, de tentar ser a cada dia uma pessoa melhor, mais generosa, mais justa, mais gentil, mais preocupada com os sentimentos e necessidades dos outros, mais correta, mais simpática, mais doce, mais amável... tentar ser o melhor que eu posso ser para que enfim possa merecer esse amor que eu peço...

Tem uma cena que eu nunca esqueci do “Melhor é Impossível”, aquela comedinha romântica adorável com o Jack Nicholson e a Helen Hunt. Eles estão num restaurante, e ela, irritada por estar com um sujeito que parece completamente rabugento, frio e insensível, pede a ele que tente – pelo menos tente! - fazer um elogio pra ela. E ela se surpreende – positivamente! – quando ele diz: “You make me wanna be a better man....” E pelo menos isso o amor costuma fazer por nós (ou pelo menos fez isso por mim): nos dá esse desejo de melhorar. Então obrigado, amor... pelo menos você fez isso por mim: me fez crescer ao me fazer desejar ser um homem melhor! E espero ter conseguido, pelo menos um pouco. E espero continuar tendo a vontade de seguir subindo.

(Aliás, abrindo um parênteses filosófico: Não conheço nenhum jeito melhor para instigar o desejo pela vida virtuosa no coração dos homens do que fazer nascer neles esse desejo de merecer ser amado. Me parece muito mais eficiente como uma mola propulsora do que o tal do “imperativo categórico” e do “respeito desinteressado pela lei moral”. Porque, sejamos realistas: a gente só faz o tal do Bem porque queremos ser admirados e amados. Simples assim. Por isso que eu concordo com os filósofos que dizem que o fundamento da ética é o desejo de adquirir o sentimento de DIGNIDADE. E o que é se sentir digno além de se sentir digno de ser amado?)

* * * *

Outra coisa: em matérias de amor e em todas as outras matérias, acho que convêm não ser lá muito ingênuo e não alimentar esperanças exageradas. O velho mito romântico/platônico de que existe em algum lugar a minha “metade perfeita”, com quem o encaixe seria perfeito como o de uma chave numa fechadura, que me faria completamente pleno e feliz, é obviamente uma idiotice, um sonho ridículo, uma quimera impossível de concretizar... Já tô grandinho demais para acreditar em paixões constantes e perpétuas, em grandes casos de amor recíproco e sem brigas, em “fusões” místicas deliciosas que duram toda uma vida... Isso é tudo conversa fiada. A vida é mais difícil. Mais que isso. A vida é FODA. E foda pra caralho. Mas eu não gosto de coisas fáceis. Qual seria a graça? Life is so fucking hard, but i wouldn’t have it any other way...

Sou daqueles que acha que 95% dos casamentos não tem porra nenhuma a ver com o amor – e que, se ele existiu no começo, foi substituído por um imenso TÉDIO, pela INÉRCIA, pela SUPORTAÇÃO. Pessoas casadas normalmente não se amam: se suportam. Acho cômico que alguém ache que é porque as pessoas se amam que elas continuam casadas! Rá! Até parece... É quase sempre porque estão acostumadas com isso, estão seguras e confortáveis com sua infelicidadezinha cotidiana, pois não querem se aventurar – enfim, porque já estão meio mortas por dentro.

E também acho que uns 90% dos namoros por aí não tem nada a ver com grandes amores recíprocos. Muitas vezes é só vaidade, só diversão, só uns relacionamentozinhos patéticos. Como disse bem um amigo meu dia desses, muito cara por aí usa a namorada como um “trofeuzinho” que ele desfila por aí, pra mostrar pro mundo sua “posse” – tudo vaidade...

Mas eu não sou completamente descrente. Me considero ainda razoavelmente romântico – ainda ouço Teenage Fanclub com muito gosto, ainda sou fã de Antes do Pôr-do-Sol e ainda acredito que o futuro ainda me reserva um grande amor correspondido. Não sei se vai ser com a pessoa por quem eu passei os últimos meses caidinho e fascinado, mas eu tô tendo a coragem de ser otimista e acreditar que, cedo ou tarde, ainda vou encontrar alguém que me quer.

Acredito sim num amor que possa ser duradouro, mutuamente gratificante, que permita que as duas pessoas tenham suas vidas independentes, mas que permita também que seus destinos se cruzem, se mesclem, se unam... um amor que talvez seja muito mais próximo da amizade do que desse lance todo possessivo e grudento das “paixões”. Faz muito tempo que eu acho que o ideal, de verdade, não é “comer a gostosona”, não é arranjar uma namorada ultra sexy e que todos os homens invejariam, não é ter um relacionamento com a pessoa por quem você sente maior atração física e tesão – não. Pra mim, o ideal seria namorar a minha melhor amiga. E se a minha melhor amiga acontecesse de ser uma mulher bonita, tanto melhor! :)

Mas esse amor aí, duradouro e mutuamente gratificante e que conserva a independência das duas pessoas, eu acho que só pode nascer depois de muita luta, muita convivência, muito esforço dos dois lados, muito conhecimento mútuo, e, principalmente, MUITA VERDADE. Acredito que um amor de verdade só existe entre duas pessoas que se dizem toda a verdade, que sabem tirar as máscaras uma frente à outra, que sabem confiar e serem confiáveis o bastante para que uma intimidade possa se estabeleçer. Só assim vão ser capazes de se conhecer e de se compreender – e compreender, pra quem é sábio o bastante, é sempre o primeiro passo para perdoar. E perdoar, talvez, um dos maiores pré-requisito para amar...

É preciso perdoar o outro por ser somente o que ele é, e não o sonho que dele tivemos. Perdoar o outro por não poder nos dar a Felicidade assim, de mão beijada, como uma graça dos céus. Perdoar o outro por ele não fazer a vida inteira dele orbitar ao nosso redor. Perdoar o outro por nunca poder dissipar completamente a nossa solidão – porque é outra ilusão acreditar que o amor é capaz de matar, e matar pra sempre, a solidão. Ela sobrevive, retorna, volta pra nos visitar, cedo ou tarde... porque a solidão é um boomerang. Mas o amor é o antídoto - e o único.

* * * * *

Nada nesse texto chega perto de ser, de verdade, uma “certeza” - e eu ainda tenho muitas lições a aprender da porra da vida. Mas pelo menos tem algo que eu posso dizer de coração, com toda a convicção:

Cada dia eu sinto mais que, no fundo, a única coisa que realmente importa é o amor daqueles que viajaram conosco, encosta abaixo, nessa estrada zigue-zagueante e vertiginosa da vida... a única coisa que realmente vale a pena é o amor dos que nos acompanharam nessa aventura maluca e incompreensível que vamos enfrentando, cambaleando, pela Terra... a única coisa que conta é o amor dos que nos testemunharam viver! Sem isso a vida não tem o menor sentido.