quinta-feira, 14 de junho de 2007

::: egotrip sobre tudo que houve no rio :::


e desse engodo eu vi luzir
de longe o teu farol
minha ilha perdida é aí,
o meu pôr-do-sol


Foi minha primeira vez viajando pelo Rio de Janeiro de verdade. Foram 4 dias intensos, marcantes, exaustivos, fascinantes, angustiantes, confusos, gratificantes, mas sem dúvida alguma bem-vividos - e é isso que importa. Dias que eu espremi até arrancar deles todo o suco que tinham, mesmo que fosse amargo - e quem sabe é esse o sentido do velho carpe diem? Sinto que voltei da viagem com a minha vida maior - maior de experiências, de quilometragem, de lições aprendidas, de mundo desvendado. Vida maior, só não sei se melhor... Na bagagem, além das roupas sujas, das fotinhas junto à paisagem e dos souvenirs bobos, trouxe um monte de "material" novo para incorporar ao meu ser, tanto material que eu ainda estou trabalhando para colocar isso nas minhas prateleiras internas e fazer disso tudo algo meu... Não sei se estão me entendendo ou eu tô parecendo um interno de hospício falando sobre ninguém sabe o quê, mas hoje vai ter que ser assim - um post largadão, meio psicodélico, fluxo de consciência total. Se não entenderem direito, azar - e dane-se. Até porque eu também, ultimamente, mal me entendo. Eu sou uma coisa esquisitíssima, um daqueles mistérios indecifráveis, que eu fico olhando olhando olhando e desisto de tentar compreender. Deixa pra lá...

Foi uma viagem repleta de noites mal-dormidas, de agradáveis passeios pela cidade dita maravilhosa, de um monte de sentimentos intensos e conflitantes, de enormes ansiedades e esperanças, de insônias longas e de sonhos desagradáveis, de premonições ora sombrias ora otimistas, e depois de pequenas desilusões e de algumas alegrias médias (e não, não sou nada bom em conquistar alegrias grandes...). Não dá pra dizer se gostei ou não gostei - se na vida as coisas fossem simples assim, como escolher entre o sim e o não, o preto e o branco, a dor ou o prazer!... Foi tudo isso misturado, enrolado, liquidificado, formando uma gosma colorida e nojenta, feito aquelas tortas de gelatina...

Voltei pra Sampa quase sem voz, com a garganta meio inflamada, a coluna doendo um bocado da longa viagem, os ouvidos meio doloridos, uma vontade de dormir um sono profundo dumas 15 horas seguidas , o coração meio inquieto e querendo descansar... Muitas vezes nestes dias a luzinha vermelha de emergência se acendeu no meu peito dizendo: excesso de uso! perigo de sobrecarga! dê um descanso, amigo, pra esse teu pobre músculo pulsante!... Talvez por isso as lágrimas, durante (escondidas) e depois (
liberadas): puro descarrego de tensão. Nada a ver com tristeza, certo? Talvez um pouco.

Mas, tudo somado, acho que voltei até bastante satisfeito com esse rolêzão de 4 dias que fiz, nesse feriadão de Corpus Christi, pelo Rio de Janeiro - que conheci de verdade pela primeira vez... Já tinha dado um pulo rápido na cidade uns anos atrás, pro primeiro TIM Festival (o do White Stripes, Rapture e Super Furry Animals), que foi FODA foda foda, mas naquela ocasião tinha sido um bate-volta frenético que não me deixou tempo livre algum para explorar direito nossa famosa ex-capital nacional... Dessa vez tivemos tempo o bastante para passear decentemente pela Cidade Maravilhosa... O pretexto eram os shows de despedida dos Los Hermanos, mas fui também pra fazer turismo pela cidade, pela oportunidade de viajar com pessoas novas, conhecer amigos virtuais, reencontrar uma pessoa muito especial pra mim, e, claro, me despedir, ao menos por hora, dos 4 barbudos geniosos que entram de férias, em 2007, já levando o troféu de banda nacional mais amada - por mim e por mais uma multidão de gente...

Acabamos fazendo todas as coisinhas clichê que fazem os turistas de primeira viagem sem nenhuma originalidade (como ir passear no bondinho do Pão de Açúcar, andar nas areias de Ipanema [lembrando a toda hora da melodia imortal de Tom e Vinícius...], ficar olhando a paisagem de cima do morro do Arpoador, babar com o luxo e o charme de Copabacana, que está a todo vapor se preparando pro Pan...), essas coisas. Mas também demos altos giros por vários cantos da cidade: Lapa, Centro, Glória, Flamengo, Botafogo... conheci tudo - de passagem, claro, mas conheci. Só o Corcovado que não subimos - mas eu que não sou lá muito fã de Jesus Cristo, que considero um rockstar muito superestimado, nem dou muita bola pra isso... Se fosse a estátua de Kurt Cobain, aí sim eu ficaria todo ansioso pra subir lá e ficar montado nos braços da estátua do cara, mas o Jotacê, francamente, acho fácil deixar pra lá...

Minhas paranóias não se confirmaram: não vi morros assustadores lotados de bandidos com AR-15s e traficantes vivendo vida de sultões. Não me senti ameaçado nem por trombadinhas nem por balas perdidas. Só vi gambé uma vez, segurando uma metralhadora de meter medo, parecia filme com o Stallone, mas eu com minha cara de menino branco da classe média sou, ainda bem, sempre deixado em paz pelos Agentes do Estado. Não vi nada de realmente chocante em termos de desigualdade social nem achei que vigora por lá uma luta de classes às beiras de uma explosão. Não achei o Rio nada perigoso. Tudo bem que, como faz todo turista, nós não ficamos procurando ver as coisas feias do Rio de Janeiro, que devem ser muitas - todo turista tem um olhar naturalmente kitsch... Mas achei a cidade sussíssima. Moraria lá fácil.

Acho que as pessoas tinham me inculcado muitos medos exagerados - tanto que quase fiquei com vontade de comprar um colete à prova de balas antes de embarcar para o que parecia, segundo o relato de alguns, um cenário de guerra, tipo o Vietnã brasileiro... Fui pro Rio meio que com medo de estar indo para uma cidade às beiras de uma guerra civil, com o crime organizado nos morros constituindo quase um Estado paralelo, já preparado para passar de carro à frente da temida Linha Vermelha fazendo figuinhas e segurando o rosário, torcendo pros meus pais não chorarem muito no meu funeral... Mas no fim foi tudo super tranquilo.

O trânsito lá tem particularidades interessantes e é uma aventura à parte: os táxis (abundantes) são todos amarelinhos, como em Nova York, mó charme; os motoristas de busão são todos uns maníacos barbeiros, que vão entrando sem dar seta, e que deveriam ter todos a carta cancelada; os pedestres são todos descuidados e atravessam a rua na maior preguiça, sem ligar muito se estão parando o trânsito; e carioca pára o carro em tudo quanto é lugar proibido, principalmente em cima das calçadas ou mesmo no meio da porra da rua... Dirigir no Rio é uma aventura. Em São Paulo não passa de um stress.

Tentamos entrar no Teatro Municipal pra assistir um balé (!) de cinco pilas, meio que por falta de algo melhor pra fazer, mas fui barrado na porta por um guardinha carioca muito folgado, que me tratou como se eu fosse um mendigo que queria entrar na Casa Branca - e isso só porque eu estava de bermuda e chinelos havaina. Demos risadas histéricas no cinema do Centro Cultural da Caixa, numa mostra de curtas-metragens feitos por crianças da periferia, especialmente a cena em que uma mãe sentada num sofá flutuante (uma mãe!) é despejada numa cascata - poucas vezes na vida gargalhei tanto dentro de um cinema. Passeamos e tiramos um monte de fotos no Jardim Botânico e depois sacaneamos um pouco com a excursão no carrinho de golfe. Conheci um monte de botequinhos na Lapa, daqueles ultra-ruidosos, que só deixam as pessoas conversarem aos berros. Dividi o quarto de hotel, o café da manhã, a bolacha Cream Cracker, a pizza brotinho, o celular e muitos momentos agradáveis com uma amiga novinha em folha - que exagerou nas tequilas, é verdade, mas tá certo. Fui conhecer um dos meus melhores amigos virtuais, o poeta Marcos (esse cara tem talento!). E rolaram duas ocasiões para reencontros com uma grande amiga (que eu tanto tentei transformar em algo mais e não consegui) - uma das coisas que, pelo menos pra mim, era a mais importante da viagem pro Rio...

Quanto aos Los Hermanos, confesso que tô com uma certa preguiça de ficar falando sobre os shows, descrevendo tudo em minúcias, registrando os fatos: me contento em possuir o presente que foi ter estado lá, ter vivido esses momentos, ter presenciado essa despedida muito digna que eles nos deram... Mas será que foi despedida mesmo? Agora passei a duvidar que os Hermanos irão realmente encerrar as atividades e pendurar as chuteiras, porque é quase inimaginável que os caras não irão sentir saudades imensas de um público tão fiel e devoto, de uma energia tão positiva, daquelas salvas de palmas e daqueles gritos empolgados, todas essas coisas que devem levar os caras, ali em cima do palco, para o Céu... imagino que logo logo eles vão ficar tããão carentes!... e nas noites solitárias, quando a sombra do anonimato começar a escurecer os dias de Amarante e Camelo, quando o mosquito da solidão for zumbir perto das orelhas deles, eu tenho a suspeita de que eles vão se lembrar de como era ser o alvo de tanto fanatismo e devoção e vão querer correr de volta para recolher mais um pouco do amor das multidões... Quero só ver, amigos, quando o amor começar a faltar...

Mas não vou escrever uma resenha "objetiva" sobre os shows, até porque pra mim, dessa vez, ficou muito claro o quanto é impossível dizer o que foi o show "lá fora" - eu, aqui, só poderia descrever como o show foi "filtrado" por mim, como foi o show "aqui dentro". Só estou repetindo aquela velha história filosófico-cabeça de que é impossível saber objetivamente o que as coisas são e que você só tem acesso à tua própria experiência subjetiva e pessoal... Às vezes você não está num bom dia, acordou com a pá virada, tá ranzinza de tanto mau-humor, não se sente bem-disposto, e isso vai te fazer experimentar a música dum jeito negativo a ponto de você dizer que "não gostou", sendo que outras vezes, mesmo com música medíocre, você está tão de bem com a vida e com uma capacidade de curtição tão fácil, que gosta mesmo do que não é lá tão gostável... E nesses shows em particular eu estava com o coração e a mente muito ocupados com os meus sentimentos, angústias, medos, desejos, premonições, indecisões e inseguranças para ter qualquer chance de dizer objetivamente o que aconteceu "lá fora". Eu estava muito ocupado afogado no meu próprio mundo interior - mas deixei a música me envolver, me levar, entrar para compor a trilha sonora do meu caos...

O Camelo, em ambos os shows, num dos únicos momentos em que falou com o povo, disse uma frase meio que adulando o público, uma coisa que eu acho meio baixa para um artista dessa grandeza, que não precisa ficar apelando pra essas coisas para arrancar aplausos de gente já tão generosa em termos de demonstrações de afeto... Mas é algo que pra ele deve soar sincero: disse que nenhuma outra banda do mundo tem um público desses, tão empolgado e tão amável. E talvez seja verdade. E é realmente incrível ver um público que vibra tão em uníssono, que canta as músicas num coro tão massivo, que se entrega à banda com um amor tão incondicional... Eu não tive a oportunidade de ver um show da Legião Urbana, mas eu tenho quase certeza de que dificilmente chegava ao nível de ligação emocional que ocorre entre os fãs dos Los Hermanos e a banda. Mas já escrevi 2 longos textos pagando-pau para a banda, analisando as razões que eles possam ter tido para encerrar a carreira, tentando descrever a importância deles pra minha vida, e não vou ficar aqui batendo na mesma tecla e só reciclando elogios...

No total, foram 5 shows dos Hermanos assistidos (1 em Bauru, 2 em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro), o que faz deles a banda que eu mais vezes vi ao vivo, façanha que dificilmente será superada por qualquer outra banda por aí. Gostei mais do show de sexta do que de sábado, mas isso, talvez, por razões totalmente subjetivas, já que algumas coisas me entristeceram e me deixaram bem pra baixo no show de sábado, a ponto de eu não conseguir curtir muito esse último show - mas acho que prefiro não comentar por aqui sobre isso e guardar pra mim essas coisas... Chorei só um pouco, em "Dois Barcos", no início do show de sábado, sozinho lá no fundão, com o rosto apoiado sobre a grade da mesa de som, todo confuso comigo mesmo e com o que eu tinha decidido fazer antes, muito mais ocupado pensando na vida do que atentando para o show. As lagriminhas caíram um pouco depois de eu ter ouvido o verso que bateu nos ouvidos doendo: "e agora o amanhã... cadê?"

E o que eu achei incrível de constatar, mais uma vez, é a capacidade de penetração dos versos do Camelo e Amarante, que são incrivelmente invasores... direto, do nada, eles vão entrando na minha consciência, em vários momentos da minha vida cotidiana, pipocando na cabeça como aparições do além-túmulo... Os Los Hermanos não são somente sobre a música: os caras são uns magos das palavras, capazes de enterrar em nossas mentes versos inteiros que depois vão ficar a nos assombrar pela vida afora, ajuntamentos de palavras que nos perseguem como se fossem detetives particulares contratados para não nos perder o rastro... Mais do que as melodias, são as palavras desses dois grandes poetas que grudam em nossas vidas e não soltam mais... E nessa ocasião foi incrível sentir, mais do que nunca, o quanto rolava uma identificação com tantas e tantas daquelas palavras, como se muitas delas eu quisesse ter dito, como se muitas delas fossem descrições perfeitas dos meus sentimentos, como se muitos daqueles versos que os caras cantavam eu queria que tivessem saído da minha boca para os ouvidos de alguém, e alguém de muito específico, de muito próximo, de muito ali, ao meu lado... Aquelas palavras que saíam dos alto-falantes eu queria, de algum jeito, que saíssem com a minha voz, como se fossem mensagens minhas, descrições perfeitas de dúzias de sentimentos e sensações que já senti e que eu nunca saberia expressas tão bem quanto Amarante e Camelo deixaram expresso... como se eles pudessem dizer por mim o que meu silêncio me impedia de extravasar... "Me diz onde é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar" era o que eu gostaria de dizer estendendo minha mão e meu ombro e meu colo numa oferta de ajuda... "Pois é, não deu, deixa assim como está, sereno..." era o que a minha melancolia recitava pra mim mesmo, tentando me consolar de mais um desencanto... "Ele não sabe ser melhor, viu?" era o meu pedido de desculpas por ter sido tão pouco, por ter errado tanto, por nunca ter conseguido ser o que se esperava de mim (e o que era?). "E no final, assim calado, eu sei, que vou ser coroado rei de mim..." era o otimismo falando mais alto, me garantindo que eu podia ir do meu jeito, sem me importar em ser como outro alguém, e que acabaria rei da minha própria vida, dono do meu próprio leme... "É só teu coração que não te deixa amar, você precisa reagir, não se entregar assim, como quem nada quer..." era o conselho que eu gostaria de dar a quem estava ali do meu lado, tão perto, tão junto de mim, tocável com as mãos, e ainda assim tão distante, oceans apart... E "hoje sei o mal que faz dar amor a quem não ama, dar amor a quem só traz ódio e desilusão" era o perfeito desabafo em palavras para aqueles tantos momentos em que a paixão em mim se tornava ódio, porque às vezes dá raiva, às vezes a vontade é mandar tomar no cu, às vezes a gentileza vai parar nas cucuias e vira fel do mais amargo... E "deixa ser como será" era o mantra que eu me recitava para conseguir me resignar ao que é, ao que foi, ao que vai ser... e "você vai estar com um cara, um alguém sem carinho, será sempre um espinho..." era o meu pedido de não me jogue fora e não me desperdice, era a minha ameaça velada de que no futuro rolaria arrependimento por tudo que não tinha sido... e "se eu fosse o primeiro a voltar e mudar o que fiz, quem agora eu seria?" era o dilema existencial vivo de quem não sabe que pessoa seria se tivesse escolhido diferente no passado, se tivesse pegado outra estrada, outro caminho na encruzilhada... e "eu cansei da nossa fuga, já não vejo motivo pr'um amor de tantas rugas não ter o seu lugar" foi um verso que entendi pela primeira vez ali, de verdade, notando que eu também tinha um amor cheio de rugas e varizes e começos de apodrecimento e cheio de covardias e fugas e que sabe-se-lá-por-quê não consegui fazer com que tivesse seu lugar... e "ah se eu aguento ouvir outro não, quem sabe um talvez, ou um sim, eu mereço enfim..." era o meu velho medo dos nãos falando, a velha paralisia tomando conta, a minha memória traumatizada de tantas antigas rejeições me dizendo: não, não aguento mais nãos, nem sei mais pedir, nem sei mais querer... e "clareia minha vida, amor" era a súplica de quem espera ver luzir um farol nesse quarto escuro chamado solidão, a esperança de quem vive sem fósforos nos bolsos, sem isqueiro ao alcance das mãos... e, naquela confusão em que eu estava, numa espécie de mudança de estação do coração, nada batia mais forte do que a indecisão de saber que "alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê... não sei mais...", sendo que eu sentia que realmente não, não sabia mais... e, enfim, "eu que já não sou assim muito de ganhar" era como a frase da minha vida, a síntese de tudo, boa pedida para um epitáfio, descrevendo o que foi a nuvem da minha pessoa vagando pelo céu antes de se dispersar com o vento... não, ele nunca foi muito de ganhar...

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aí eu volto pra São Paulo e não há sono de 12 horas seguidas, refeições reforçadas ou período de molho dentro de casa que me livre dessa melancolia que tomou conta. acho que eu tenho súbitos blecautes no fornecimento de energia elétrica dentro do meu corpo e às vezes, de repente, rola um apagão e fico assim, sem energia (olha lá quem vem, sem gosto de viver...). O paraíso é mesmo, como diz a Casey, um lugar que a gente só consegue visitar, isso quando consegue, mas que nunca dá pra lá se mudar - apesar de eu não poder dizer que tenha realmente visitado. Não ultimamente. Aliás, for the record, esse foi o 22º Dia dos Namorados que NÃO comemoro - e o duro é que nesses últimos anos não consigo mais não me importar... Valentine's Day gets me kind of gloomy. :( Antes era fácil desprezar a data como uma mera ocasião inventada pelo comerciantes e pelos capitalistas para faturarem um troco maior com o aumento do consumismo dos pombinhos - mas ultimamente eu invejo quem tem alguém a quem presentear nessa data que antes eu achava tão estúpida. Tô carente feito um emo. Tô odiando esse texto que acabei de escrever e sei que vou me sentir mal assim que publicá-lo, só imaginando o quanto as pessoas vão achá-lo uma merda. Tô cansado de mim mesmo e com um pouco de nojo da minha vida. Se pudesse me vomitava fora.

Sobre estar só... eu sei! Ah como sei... :/