terça-feira, 11 de março de 2008

:: da raridade das apoteoses ::

(foto de rolfe horn)

"Contam que Rilke, depois dos primeiros versos que o vento lhe ditou nas altas penedias de Duíno, viveu doze anos com aquele germe, em viagens, em mudanças, em desperdícios, em guerras, até o momento de realizar, em quatro dias, como quem morre, as suas elegias perfeitas. Não será sempre assim? Não será a própria vida uma longa e desarrumada atividade dos bastidores para uma fugaz apoteose?" in: GUSTAVO CORÇÃO, Lições de Abismo, 1a pg.