Estourou a greve na USP nesta quarta-feira, como já era previsto faz tempo... Estes são dias excitantes para ser um USPiano, agora que está rolando aquilo que eu estou gostando de pensar como sendo um "fato histórico memorável": a Ocupação da Reitoria. Que eu saiba, um troço desses nunca tinha acontecido na história da Universidade de São Paulo. Sem entrar na questão do mérito da ação, se é justa ou não, se precisava de tudo isso ou foi exagero, se é legal ou criminoso, se funciona ou não dá em nada, eu só digo que sinto mó admiração pela ousadia e mó gosto por seu um USPiano num momento desses, podendo assistir de camarote a esses acontecimentos que talvez vão entrar na História - pelo menos da Rebeldia Estudantil no Brasil! Porque ocupar a Reitoria da USP foi algo que exigiu colhões, ahn!? É engraçado e excitante passear pelas imediações da Reitoria, ali na frente do MAC (Museu de Arte Contemporânea), e ver o que de longe parece uma grande festa de república, zoneada e alegre, improvisada dentro da casa das autoridades supremas da USP. Parece que tem muita gente acreditando que está fazendo na USP, em maio de 2007, aquilo que os estudantes franceses fizeram na Sorbonne de Paris em maio de 1968 - vários dos slogans famosos da francesada foram pixados nas paredes, inclusive (como o clássico "Seja realista: exija o impossível!") e a coisa está sendo descrita pelos mais empolgadinhos e orgulhosos dentro do movimento estudantil como um equivalente da "tomada da Bastilha"! =) Vê se pode... Engraçado também o montão de camisetas que a gente está vendo pelo câmpus, vermelhonas e chamativas, que tem uma bandeirinha hasteada que diz no maior orgulho: "Eu ocupei a Reitoria!" Parece aquelas coisas que vendem em shows, tipo "Eu fui no U2!" Os estudantes estão adorando se gabar da façanha... :D
Minha opinião sobre essa greve, essa ocupação e os decretos do Serra? Sinceramente, prefiro ficar bem quietinho pra não dizer bobagem, tamanha a minha alienação política, de que eu me envergonho um pouco mas pouco faço para remediar... Meu desânimo e preguiça pra ler os jornais e revistas de informação é insuperável. A única coisa que eu digo é que não tenho tanta certeza assim que os decretos sejam tão diabólicos quanto o M.E. faz parecer e prejudiquem tanto a tal da autonomia universitária - vai ver que é mesmo somente uma medida para dar mais transparência aos gastos públicos... A princípio me pareceu meio que fazer tempestade em copo d'água, mas é óbvio que tem outras reivindicações rolando por trás e além das principais - como as exigências por mais vagas no CRUSP, que daqui a pouco vai estar super-povoado feito um Carandiru - ou uma Cicerolândia... =)
Os carrinhos das grandes emissoras de TV meio que estacionaram de vez por ali, ajudando a documentar (muito mal, aliás) a ocupação da reitoria. Um absurdo o que a mídia grande tem feito com essa situação... Pelo menos na Veja e na Rede Globo, os estudantes estão sendo (previsivelmente) descritos como baderneiros e vândalos, que precisam ser parados pela polícia, enquanto que o anjinho do Serra não fez nada além de descer decretos perfeitamente aceitáveis e sensatos. Incrível as distorções que os gigantes da mídia fazem impunemente dos fatos, quando qualquer um minimamente ligado com a realidade da USP nos últimos dias sabe muito bem que esse "ato rebelde" não tem nada a ver com depredação do patrimônio público ou destruição arbitrária.
Minha opinião sobre essa greve, essa ocupação e os decretos do Serra? Sinceramente, prefiro ficar bem quietinho pra não dizer bobagem, tamanha a minha alienação política, de que eu me envergonho um pouco mas pouco faço para remediar... Meu desânimo e preguiça pra ler os jornais e revistas de informação é insuperável. A única coisa que eu digo é que não tenho tanta certeza assim que os decretos sejam tão diabólicos quanto o M.E. faz parecer e prejudiquem tanto a tal da autonomia universitária - vai ver que é mesmo somente uma medida para dar mais transparência aos gastos públicos... A princípio me pareceu meio que fazer tempestade em copo d'água, mas é óbvio que tem outras reivindicações rolando por trás e além das principais - como as exigências por mais vagas no CRUSP, que daqui a pouco vai estar super-povoado feito um Carandiru - ou uma Cicerolândia... =)
Os carrinhos das grandes emissoras de TV meio que estacionaram de vez por ali, ajudando a documentar (muito mal, aliás) a ocupação da reitoria. Um absurdo o que a mídia grande tem feito com essa situação... Pelo menos na Veja e na Rede Globo, os estudantes estão sendo (previsivelmente) descritos como baderneiros e vândalos, que precisam ser parados pela polícia, enquanto que o anjinho do Serra não fez nada além de descer decretos perfeitamente aceitáveis e sensatos. Incrível as distorções que os gigantes da mídia fazem impunemente dos fatos, quando qualquer um minimamente ligado com a realidade da USP nos últimos dias sabe muito bem que esse "ato rebelde" não tem nada a ver com depredação do patrimônio público ou destruição arbitrária.
Ninguém tá estourando nada dentro da Reitoria, botando fogo em documentos importantes, depredando móveis e paredes, fazendo xixi e cocô no chão ou no escritório da reitora! Ttem gente que diz que o prédio está sendo muito melhor cuidado agora do que era antes, tamanha a cautela dos estudantes para não destruir nada de valor ali dentro. A entrada, claro, teve que ser forçada, e o portão destruído à força, mas além disso tudo tá na mais santa paz. Dentro do site do Estadão, numa matéria que têm momentos dum senso de humor extraordinário, fala-se até que na reitoria "os banheiros também estão mais limpos do que os encontrados na Faculdade de Filosofia"!!! Pô, que mancada! Assim os banheiros da Filosofia vão ganhar uma má fama totalmente imerecida - pois eles não assim assim tão podrões... :D
Andei lendo por aí que a PM de SP vai agir logo logo para recuperar o prédio à força, se não for pelo consenso (será que vai rolar Tropa de Choque, balinhas de borracha e bombas de gás lacrimogênio?) , mas não se sabe quando nem com quê intensidade e violência. Confesso que eu sinto um pouco de excitação com esse clima de catástrofe no ar... Um suspense hollywoodiano na vida real!... :)
Por enquanto, tempo de férias pra mim... muito bem-vindas, aliás, porque eu já estava entrando naquela fase do semestre em que o desânimo toma conta. Vontade zero de ir às aulas e de ler os textos. Tô com um pouco de medo do meu desgosto pelo curso só crescer, como aconteceu com o Jornalismo lá da Unesp, ao invés da coisa ir melhorando com o tempo. Pelo menos agora é mais fácil de abandonar o curso sem muito peso na consciência, se eu sentir que é a coisa melhor a fazer, já tendo um diploma universitário no currículo... Vamos ver se as férias fora-de-hora me animam um pouco, porque eu realmente tô cada vez mais desiludido e cansado desse curso e suas infindáveis chatices... :P
Sem falar que, infelizmente, o bandeijão tá fechado e eu estou quase passando mal de tanto Miojo, X-Egg e Hot Dog que tenho comido - trash food reinando na minha torturada barriguinha... Vou é me mandar pra Sto André me curar com um pouco da boa e velha "comida de mamãe"! Saudades daquele rangão firmeza por R$1,90, todo santo dia! Sem falar nos flertes e xavecos! Porque Bandeijão também é romantismo... :) Conheci uma mocinha que se apaixonou loucamente por um carinha da Oceanografia que frequenta todo dia o refeitório - altos platonismos no ar!!! Eu também, várias vezes, me entretenho no almoço olhando pras meninas por aí ou roubando conversas alheias com meus ouvidos de espião... Entrem lá no Orkut na comuna "Eu Flerto No Bandeijão", fonte de boas risadas!...
A biblioteca também está fechada, mui tristemente, não exatamente porque não vou poder retirar livros (já tô com um monte...), mas porque vou ficar sem poder ver diariamente o meu amor platônico mais intenso, a lindíssima atendente da biblio da FFLCH, por quem eu sou positivamente enfeitiçado. Coisa mais linda desse mundo, essa menina. Foi uma ótima decisão contratá-la - uma medida genial para desenvolver nos alunos o Gosto pela Leitura! Ou pelo menos a vontade de entrar na biblioteca e tirar livros, só pelo prazer de entregar os livros na mão dela e trocar umas palavrinhas... Ela parece uma mistura de Winona Ryder no corpo da Angelina Jolie - e tem cara de culta e sensível, o tipo de garota que é fã de Aimee Mann e Cecília Meirelles. Pode ser, é claro, que ela curta axé e sertanejo e que só leia podreiras, mas o bom dos amores platônicos é que a gente fabrica a pessoa a nosso bel-prazer e ela fica do jeitinho que a gente quer que ela seja. Mas sou imensamente respeitoso e nunca iria passar uma cantada a uma moça no seu local de trabalho. Coisa mais nasty, seria... Mas um dia eu ainda descubro o nome dela e mando flores pelo correio. No cartão: "Do seu admirador secreto, aquele que atrasava a devolução dos livros só pra te pedir desculpas e poder trocar umas palavrinhas a mais do que o normal." Como ando bobo, deus meus...
Essa Sexta, aliás, fiz um baita dum tour super-instrutivo pelo Centrão de São Paulo e pelas imediações do célebre Sanfran (Largo do São Francisco), onde fica o prédio super bonito e solene da Faculdade de Direito da USP. Minha guia turística particular, minha nova miguxa do peito, me contou trocentas histórias legais sobre aquele prédio histórico - inclusive as macabras. Coisa demais pra falar aqui - mas vou escrever no Diário nos mínimos detalhes para não esquecer esse passeio tão legal, com certeza. Engraçado que ficamos conversando por uma hora sem parar num banquinho que parecia de uma pracinha singela e doce, e só depois que fui informado que a gente estava numa espécie de mini-cemitério dentro da Sanfran, do lado do túmulo de algum cara todo importante, num local onde rolou até USPiano tentando se suicidar! Eu e minhas perguntas trash: "Mas como ela [a suicida] conseguiu pular de cima do prédio e chegar até os espetos? É tão longe...".
Andei pela primeira vez pela Praça da Sé e todos aqueles lugares clássicos por ali, no coração da cidade, quilômetro zero de São Paulo... É uma aventura com gosto de perigo ficar zanzando pelo meio daquela fauna humana bizarríssima constituída por pregadores evangélicos arrebatados, meninos de rua abandonados e trombadinhas, mendigos esfarrapados largados no chão, ciganas loucas para ler o destino em nossas mãos, artistas de rua tocando violão por centavos, sem falar naquela inacreditável muvuca da megalópole. Foi nesse palco que aconteceu a treta entre polícia e público, dias atrás, quando saiu tiro pra todo lado durante o show do Racionais na Virada Cultural...
Por enquanto, tempo de férias pra mim... muito bem-vindas, aliás, porque eu já estava entrando naquela fase do semestre em que o desânimo toma conta. Vontade zero de ir às aulas e de ler os textos. Tô com um pouco de medo do meu desgosto pelo curso só crescer, como aconteceu com o Jornalismo lá da Unesp, ao invés da coisa ir melhorando com o tempo. Pelo menos agora é mais fácil de abandonar o curso sem muito peso na consciência, se eu sentir que é a coisa melhor a fazer, já tendo um diploma universitário no currículo... Vamos ver se as férias fora-de-hora me animam um pouco, porque eu realmente tô cada vez mais desiludido e cansado desse curso e suas infindáveis chatices... :P
Sem falar que, infelizmente, o bandeijão tá fechado e eu estou quase passando mal de tanto Miojo, X-Egg e Hot Dog que tenho comido - trash food reinando na minha torturada barriguinha... Vou é me mandar pra Sto André me curar com um pouco da boa e velha "comida de mamãe"! Saudades daquele rangão firmeza por R$1,90, todo santo dia! Sem falar nos flertes e xavecos! Porque Bandeijão também é romantismo... :) Conheci uma mocinha que se apaixonou loucamente por um carinha da Oceanografia que frequenta todo dia o refeitório - altos platonismos no ar!!! Eu também, várias vezes, me entretenho no almoço olhando pras meninas por aí ou roubando conversas alheias com meus ouvidos de espião... Entrem lá no Orkut na comuna "Eu Flerto No Bandeijão", fonte de boas risadas!...
A biblioteca também está fechada, mui tristemente, não exatamente porque não vou poder retirar livros (já tô com um monte...), mas porque vou ficar sem poder ver diariamente o meu amor platônico mais intenso, a lindíssima atendente da biblio da FFLCH, por quem eu sou positivamente enfeitiçado. Coisa mais linda desse mundo, essa menina. Foi uma ótima decisão contratá-la - uma medida genial para desenvolver nos alunos o Gosto pela Leitura! Ou pelo menos a vontade de entrar na biblioteca e tirar livros, só pelo prazer de entregar os livros na mão dela e trocar umas palavrinhas... Ela parece uma mistura de Winona Ryder no corpo da Angelina Jolie - e tem cara de culta e sensível, o tipo de garota que é fã de Aimee Mann e Cecília Meirelles. Pode ser, é claro, que ela curta axé e sertanejo e que só leia podreiras, mas o bom dos amores platônicos é que a gente fabrica a pessoa a nosso bel-prazer e ela fica do jeitinho que a gente quer que ela seja. Mas sou imensamente respeitoso e nunca iria passar uma cantada a uma moça no seu local de trabalho. Coisa mais nasty, seria... Mas um dia eu ainda descubro o nome dela e mando flores pelo correio. No cartão: "Do seu admirador secreto, aquele que atrasava a devolução dos livros só pra te pedir desculpas e poder trocar umas palavrinhas a mais do que o normal." Como ando bobo, deus meus...
Essa Sexta, aliás, fiz um baita dum tour super-instrutivo pelo Centrão de São Paulo e pelas imediações do célebre Sanfran (Largo do São Francisco), onde fica o prédio super bonito e solene da Faculdade de Direito da USP. Minha guia turística particular, minha nova miguxa do peito, me contou trocentas histórias legais sobre aquele prédio histórico - inclusive as macabras. Coisa demais pra falar aqui - mas vou escrever no Diário nos mínimos detalhes para não esquecer esse passeio tão legal, com certeza. Engraçado que ficamos conversando por uma hora sem parar num banquinho que parecia de uma pracinha singela e doce, e só depois que fui informado que a gente estava numa espécie de mini-cemitério dentro da Sanfran, do lado do túmulo de algum cara todo importante, num local onde rolou até USPiano tentando se suicidar! Eu e minhas perguntas trash: "Mas como ela [a suicida] conseguiu pular de cima do prédio e chegar até os espetos? É tão longe...".
Andei pela primeira vez pela Praça da Sé e todos aqueles lugares clássicos por ali, no coração da cidade, quilômetro zero de São Paulo... É uma aventura com gosto de perigo ficar zanzando pelo meio daquela fauna humana bizarríssima constituída por pregadores evangélicos arrebatados, meninos de rua abandonados e trombadinhas, mendigos esfarrapados largados no chão, ciganas loucas para ler o destino em nossas mãos, artistas de rua tocando violão por centavos, sem falar naquela inacreditável muvuca da megalópole. Foi nesse palco que aconteceu a treta entre polícia e público, dias atrás, quando saiu tiro pra todo lado durante o show do Racionais na Virada Cultural...
Tô muito contente pelo papo de horas e horas, pelo rolê a pé e de carro pela cidade (que eu ainda tenho que explorar muito até dizer que conheço de verdade!) e por ter conhecido na vida real uma amiga virtual - que descobri ser uma menina imensamente simpática e adorável... Aquele tipo de pessoa que, quando você diz "Muito prazer em te conhecer!", não diz por boa-educação ou polidez, mas querendo dizer isso de verdade e com todo o coração. Extremamente grato e feliz pela nova amiga - nova em folha, mas já muito querida... Agora eu é que estou devendo uma visita guiada à FFLCH, que é meio feiosa comparada com todo aquele charme da Sanfran, já vou avisando...!
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