quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

< resenha fresca saindo... >

BEULAH - "Yoko" (2003)

"Antes de ter ouvido esse álbum, eu não tinha o Beulah em grande conta. A banda era somente mais uma dentre tantas que fez fama por ressuscitar a clássica música pop dos anos 60 através de canções adocicadas e semi-sinfônicas, apenas um coletivo retrô de reconstrução de um mundo sônico feito à imagem e semelhança dos Beach Boys, dos Beatles e dos Kinks. Tudo era demasiado ensolarado, bonitinho, cheio de melodias infantilmente contagiantes, mas faltava uma certa dose de originalidade. O Beulah era como um grupelho de crianças brincando no parque de diversões da psicodelia sessentista, com um certo sabor lo-fi roubado do Pavement nas primeiras gravações, mas faltava algo de distintivo que separasse a banda da multidão. Haviam, é claro, os títulos das músicas, onde sobrava a criatividade que faltava na música ("Um Bom Homem É Fácil De Matar", "Se o Homem Pode Pousar Na Lua, Eu Certamente Posso Ganhar Seu Coração", "Eu amo John, ela ama Paul" e "Mecânica Popular Para Amantes" entre elas). Mas no fim o veredicto era: o Beulah certamente era uma das bandas menores dentre a galera da “nova psicodelia” da Elephant 6, não tão boa quanto o Neutral Milk Hotel ou o Olivia Tremor Control, mas que ainda assim conseguia ser simpática e acariciadora dos ouvidos. Banda passável, mas que deixava lá no fundo da boca, após a degustação de The Coast Is Never Clear ou When Your Heartstrings Break, aquele gostinho de comida requentada... " LEIA O TEXTO TODO!